Dr. Bactéria revela dicas valiosas sobre como se proteger de um simples beijo de língua no Carnaval
“Beije com qualidade e não por quantidade”. Essa é uma das frases famosas do querido Dr. Bactéria. E ela cabe bem na época do Carnaval, das micaretas, pois você sabia que uma pessoa transfere para outra 8 milhões de bactérias por segundo de beijo de língua? Infelizmente, não é uma fake news e mesmo assim muitas pessoas se arriscam e pegam a doença do beijo, denominada de mononucleose infecciosa.
Uma patologia causada pelo vírus ‘Epstein Barr’ – promovida pela troca de saliva. Os sintomas são febres, dor de garganta e gânglios inflamados (podem ser observados atrás das orelhas).
“Vamos partir do princípio de que o beijo de língua demore em média 10 segundos, quer dizer, uma pessoa transfere para a outra 80 milhões de bactérias, ressalta, o biomédico Roberto Figueiredo, dizendo ainda que infecção pode evoluir para casos mais graves de gengivite e até causar a queda dos dentes. O especialista em saúde pública fala também sobre Herpes Labial, causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) – outro problema possível de pegar durante o beijo, pois o paciente contaminado costuma apresentar feridas dolorosas nos lábios, mas a infecção também pode acometer a gengiva, faringe, língua, céu da boca, interior das bochechas e, às vezes, até a face e o pescoço.
Todo cuidado é pouco e vale registrar doenças oportunistas do aglomeramento de pessoas, como o Sarampo (doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal), gripe, resfriado e, sem contar a Covid. Para que os vilões das alimentações não atrapalhem o seu Carnaval, o biomédico Roberto Martins Figueiredo dá dicas sobre alguns cuidados indispensáveis.
Confira: Cachorro quente e Salsichão:
* Perigo: Presença da bactéria Listeria monocytogenes e Salmonela.
* Consequências: Listeria: Pode causar aborto ou, 8 a 12 horas após a ingestão, levar a diarreia e cólicas abdominais fortes por 24 horas. Salmonela: diarreia, vômitos e febre por uma semana.
* Erros: consumir a salsicha crua ou com maionese caseira
* Prevenção: Cozinhe bem a salsicha, deixe-a totalmente imersa na água, que deve estar soltando vapor. A maionese consumida deve ser industrializada. O molho deve estar bem quente. Milho cozido:
* Perigo: Presença da bactéria Bacillus cereus.
* Consequências: Após 8 a 12 horas podem surgir diarreia e cólicas abdominais fortes por 24 horas.
* Erros: Deixar o milho numa temperatura inferior a 60 ºC por mais de duas horas.
* Prevenção: Manter o alimento aquecido a mais de 60oC.
Lata de suco ou refrigerante: As latinhas de bebidas e Leptospirose. Existe a bactéria Leptospirainterrogans, causadora da doença, que pode sobreviver em ótimas condições, por 06 meses fora de seu hospedeiro, o rato. Quando este roedor urinar sobre as latas , o que pode acontecer tendo em vista as práticas não muito adequadas de estocagem destes produtos, a bactéria fica na superfície.
O contato da latinha contaminada com a mucosa bucal, e não é necessário um prévio corte no lábio ou a existência de uma cárie não bem cuidada, permite a penetração da bactéria ocasionando a Leptospirose. As manifestações iniciais são febre alta de início súbito, sensação de mal-estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios.
Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia são frequentes, podendo levar à desidratação. “Os cuidados, neste caso, seriam a prévia lavagem das latas com água corrente ou, então, o consumo com canudos (o que não dá para fazer com cervejas). Importante, devemos dar um nó nos canudos para amassar os copos descartáveis, pois ainda existe a prática do reaproveitamento desse material por parte de alguns ambulantes não idôneos”, finaliza Dr. Bactéria.
Assessoria de imprensa:
Andrea Feliconio (11) 94060-2582
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