Lado B da harmonização facial: revendas ilegais, notas frias e botox sem procedência movimentam mercado clandestino da estética

Qualidade e venda de toxinas injetáveis são controlados pela Anvisa, mas produtos são facilmente encontrados no Instagram e em grupos de WhatsApp. Polícia Civil de São Paulo investiga o comércio irregular.

A disseminação da harmonização facial tem movimentado um mercado paralelo no setor da estética. Em grupos de WhatsApp, a venda de botox, nome popular dado às toxinas injetáveis e suas variações, se assemelha a uma feira clandestina. No mercado legal, duas ampolas de Xeomin (o botox do laboratório Merz) custam aproximadamente R$ 956, enquanto nos grupos ilegais, sem procedência garantida, o preço despenca para R$ 500.

O portal encontrou, nas redes sociais, profissionais da saúde que atuam como influenciadores, recomendando ou vendendo toxinas injetáveis. No entanto, a comercialização desses produtos é restrita a farmacêuticas e a distribuidores autorizados pela Anvisa, tornando ilegal a revenda por meio de WhatsApp e Instagram.

Uma fonte do portal, que ocupa posição de destaque em um dos sete laboratórios que produzem toxinas injetáveis no Brasil e pediu para ter a identidade preservada, destaca: “Todo mundo sabe [dessas vendas irregulares], mas não fala porque tem medo. É um esquema que movimenta milhões no paralelo”.

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