Como surge a procrastinação? 4 dicas para romper este ciclo

Quem nunca se viu deixando de fazer algo importante porque a tendência de procrastinar tomou conta? A procrastinação é um desafio e suas raízes são profundas, algo curiosamente dos tempos da era das cavernas.

A verdade é que, por milhões de anos, procrastinar foi um mecanismo que nos ajudou a sobreviver. Sim, você leu certo. Graças ao prazer associado à alimentação e à procriação, nossa espécie garantiu a sobrevivência e a continuidade da vida. Se essas ações não tivessem recompensas imediatas, nossa história poderia ter sido diferente.

Nas eras passadas, a incerteza do amanhã nos impulsionava a vivenciar o presente com ênfase. Mas, o mundo evoluiu e nós evoluímos. Hoje, somos capazes de viver muitas décadas. Não é possível focar apenas no presente. Se fizermos isso, com certeza, iremos ter uma longevidade prejudicada. Ao planejar o futuro, enfrentamos um dilema: precisamos realizar tarefas que parecem desinteressantes no momento, a fim de colher os benefícios mais tarde.

Na neurociência, essa batalha se dá entre duas áreas distintas: o córtex pré-frontal, responsável por decisões conscientes, e ao sistema límbico, relacionado às recompensas e ao prazer imediato. Uma das razões que tornam a procrastinação uma batalha tão árdua é a natureza intrínseca do nosso cérebro, que busca recompensas instantâneas.

O sistema de recompensa cerebral, responsável pela liberação de dopamina, nos motiva a buscar atividades prazerosas. Contudo, quando se trata de tarefas que oferecem gratificações futuras, como estudar, trabalhar ou planejar algo a longo prazo, a resposta de dopamina é menos intensa, o que pode nos levar à procrastinação.

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