Natural de João Pessoa, na Paraíba, e formada em São Paulo, a palestrante, mentora de imagem e estilo e especialista em coloração pessoal Suêrda Jácome tem se consolidado como uma das vozes que mais defendem a importância estratégica da imagem pessoal na vida social e profissional. Para ela, a forma como nos apresentamos não é apenas estética, mas comunicação silenciosa e poderosa. Estudos de neurociência e psicologia social mostram que o cérebro humano processa estímulos visuais muito mais rápido do que os verbais, o que significa que antes de qualquer palavra, já há uma leitura da postura, da vestimenta, da expressão facial e até dos cuidados pessoais. Esse conjunto, segundo Suêrda, é o cartão de visitas que pode abrir ou fechar portas em diferentes contextos.
Ela explica que o estilo é a “impressão digital” de cada indivíduo, uma identidade única que vai além das roupas e reflete personalidade, valores, comportamento e rotina. Quando não há clareza desses elementos, a imagem transmitida pode soar confusa, prejudicando tanto a vida social quanto a profissional. No ambiente corporativo, a especialista ressalta que alinhar estilo e posicionamento é crucial para transmitir confiança, credibilidade e coerência. “Se você não compreende quem é, nenhuma vestimenta vai conseguir trazer esses atributos”, afirma.
O caminho, segundo ela, passa pelo autoconhecimento, que possibilita escolhas de vestimenta mais autênticas e alinhadas aos objetivos pessoais e profissionais.
As cores também exercem um papel decisivo nessa comunicação. Pesquisas apontam que elas estão entre os primeiros recursos captados pelo cérebro na avaliação de alguém. Estudos do psicólogo Andrew Elliot mostram, por exemplo, que o vermelho pode transmitir dominância e alerta, enquanto azuis e verdes reforçam sensações de calma, estabilidade e confiança.
Para Suêrda, utilizar cores de forma intencional é estratégia de branding pessoal. “Um blazer azul marinho em uma reunião de negócios pode reforçar competência, enquanto um detalhe em vermelho em um evento de networking sinaliza energia e confiança sem exagero”, exemplifica.
A especialista ainda destaca a importância de escolhas estratégicas em situações específicas, como em entrevistas de emprego. Nesse caso, ela recomenda avaliar o perfil da empresa para ajustar a vestimenta. Em ambientes corporativos formais, peças como blazers, camisas e saias estruturadas são mais adequadas; já em empresas criativas, é possível ousar um pouco mais nas cores e acessórios, sem perder a coerência.
Cores neutras, roupas bem cuidadas, caimento adequado e atenção aos detalhes, como calçados e cabelo, são pontos que comunicam organização e profissionalismo. “A sua imagem fala antes mesmo de você abrir a boca”, reforça.
Outro serviço em que Suêrda atua é na transformação de guarda-roupa. A consultoria, explica, não tem como objetivo apenas escolher roupas bonitas ou caras, mas construir um acervo funcional, estratégico e coerente com a rotina e os desejos de imagem da cliente. O processo envolve analisar estilo pessoal, objetivos, contexto de vida e rotina, garantindo praticidade e versatilidade.
O resultado, segundo ela, é um guarda-roupa enxuto, prático e eficiente, que reflete identidade e fortalece a imagem desejada.
Mais do que aparência, Suêrda defende que estilo e autoestima estão profundamente conectados.
Conhecer-se, reconhecer-se e vestir-se de acordo com a própria essência trazem autenticidade e segurança, gerando impacto positivo na postura, na linguagem corporal e na forma como a pessoa se enxerga. Esse alinhamento, afirma, é capaz de transformar não apenas a percepção externa, mas também o bem-estar e a autoconfiança.
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